Mundinho difícil esse

1 de dez. de 2009 by Mari Craveiro
Cada vez mais me pergunto aonde vamos parar. A distância entre o verdadeiro nas pessoas e a sua projeção, em diversos planos, está se tornando um negócio fora do normal. A massa de manobra na qual se transformou parcela imensa dos terráqueos (poucos humanos, diria eu) é bem preocupante. Ninguém quer pensar muito nem questionar sobre o sistema, os valores, os sonhos, a morte, a vida e um montão de coisas mais. O que importa é ter um manual, um guia de "como" se deve fazer isso ou aquilo. Dogmas pra cá, dogmas pra lá e vamos nelson.
Quanto mais donos da verdade e oradores seguros os tais "líderes carismáticos" se tornam, mais seguidores conquistam. Macedos, Estevans, igrejas, cultos, preconceitos; e a liberdade de expressão se volta contra o feiticeiro.
Enquanto isso a rede, a teia, a névoa que nos prende vai avançando lentamente, dia após dia. Se você não se lembrar de lembrar que precisa ficar atento para se libertar das amarras, mais elas se aprofundam no teu cotidiano. Por isso a necessidade de ser um exercício diário. Escrever, portanto, é um exercício. Vamos ver com que frequência eu consigo me libertar. :) Bye
Posted in Marcadores: , | 7 Comments »

7 comments:

Xan lucato disse...

adorei seu pensamento, sabe que sofro muito com a condição que os terraqueos estão levando sua vidas, com a falta de educação,com a falta de vontade de ver que a vida é muito mais do que esse mundinho que estamos contruindo.
eu não sabia que vc estava em joão pessoa, penso nesse ano subir ate ai, quem sabe nos encontramos.
bj

Daniel de Andrade Lorenzo disse...

No fundo a necessidade de regras, conceitos e normas é atraente por ser cômodo. Livros de auto ajuda de sucesso ensinam a sedar-se da realidade acomodando-se da melhor maneira possível as circunstâncias, e eis que perdemos a essência natural para comungar um artificial em que todos sorriem "amarelo" para tudo.
Infelizmente na era do conhecimento a libertinagem é alimento às trevas de uma ignorância medieval.

Trilha do momento: I wanna be sedated- By Ramones.

Beijo! :D

Tania Celidonio disse...

mareca querida,
Entre a alma e a embalagem existem muitas camadas de papel selofane.
Gosto de pensar que podemos usar, como separação - ou muro de proteção - um delicado papel seda, azulado, que mais embeleza do que defende.
Se a questão é WHAT IF.... por que a transparência é tão pouco tolerada nos ambientes cada vez mais competitivos?

um beijo e parabéns pelo blog. Escreva, liberte-se e seja cada vez mais feliz!
tania

Mari Craveiro disse...

Xan, sofro bastante tb com essa questão "terráqueos". Somos muitos nesse sofrimento, eu creio.
Daniel, a este sorriso amarelo eu dou o nome de sistema: é como se todo mundo tivesse lendo aqueles roteiros de call center. Se vc said o script, a pessoa tilta.
Mama: adorei a imagem do papel de seda azulado que é uma proteção e adorno ao mesmo tempo. A transparência é muito de boa se conviver, ainda mais quando fica azulada :)

Gustavo Barbosa disse...

Mari,
Que bom poder compartilhar esse “download da inspiração universal”: escrever, perguntar, buscar, desconfiar das respostas prontas, observar, desamarrar a mente, reinventar cada momento. Agradeço e admiro a vitalidade do teu pensamento perspicaz e sensível sempre. Bem-vindas Escrituras.
Bjs, Gustavo.

Sirius disse...

Está difícil demais!!!!!
Eu , particularmente, não estou aguentando a pressão externa e interna do dever-ser e haja força para mudar!!!
A minha saída para amenizar sempre foi escrever e escrever, pois a leitura posterior me dava pistas, publiquei pouco e com isso não tinha interlocutores.
Aprender a aprender , é a saída!

Unknown disse...

Blog bacanudo e necessário. Fico feliz por vc ter começado um. Sobre este post: somos apenas ainda um pouco primitivos. No entanto, não perco a fé que podemos evoluir.
bjs, amor e sorte.